É doenças classificadas dentro da Psiquiatria por alterações drásticas no comportamento alimentar.
Caracterizam-se pela utilização de dietas restritivas, produtos e medicamentos para emagrecimento sem orientação especializada.
Temos a cultura do corpo magro e uma oferta de produtos tidos como milagrosos que alimentam o sonho de corresponder a esse padrão de beleza. Ambos podem desencadear o transtorno alimentar de modo não consciente.
A oferta de alimentos nunca foi tão intensa como atualmente e paralelo a esse processo vem à cultura pregando um padrão de beleza inatingível, mostrando uma contradição de valores e desprotegendo nossos adolescentes que vivem esse processo
De forma intensa e dolorosa por não se enquadrarem nesse corpo magro.
As doenças mais conhecidas são:
Anorexia Nervosa
As pessoas que apresentam anorexia estabelecem o peso ideal muito abaixo dos padrões saudáveis, e caminham em busca deste peso, de forma agressiva consigo mesma.
Desenvolvem formas variadas de controle sobre o apetite, pois valorizam a idéia deevitar alimentos que possam engordar, utilizando estratégias para não se alimentarem e não deixarem que seus pais percebam esse movimento. Vão perdendo peso gradativamente, e sentem-se no controle da situação.
Existe também o tipo purgativo que podem alternar períodos de restrição com períodos purgativos.
Utiliza-se de várias formas de purgação, desde vômitos, uso de laxantes, diuréticos, e freqüentemente exercícios físicos em excesso e de forma extenuante.
Bandeiras para identificação da Anorexia Nervosa
- Cessa a menstruação;
- Achar que está acima do peso, reclamar que está gorda;
- Fazer dieta quando não tem necessidade de perda de peso;
- Preocupação excessiva com comida, calorias, quer cozinhar;
- Negar a fome;
- Exercícios físicos em excesso;
- Formas de se alimentar fora do padrão normal;
- Pesar-se de forma exagerada;
- Episódios intermitentes de compulsão;
- Reclamar que está sentindo-se nauseado, “cheio”, quando ingere quantidades normais de alimentos.
Tratamento:
Nos casos dos transtornos, é necessário um trabalho em equipe multiprofissional, com nutricionista que estará prescrevendo a dietoterapia necessária para recuperação do peso da paciente ou no caso da bulimia e das compulsões, uma dieta equilibrada de acordo com as características da paciente, o psiquiatra que irá medicar de acordo com o quadro apresentado e a psicoterapia individual, em grupo e/ou familiar, que abordará todos os aspectos psicológicos que envolvem os transtornos, a vida do paciente, suas relações familiares, afetivas e suas crenças.
Bulimia Nervosa
Na grande maioria das vezes, esse episódio vem acompanhado de métodos compensatórios de purgação como: vômitos, auto-induzidos, laxantes ou diuréticos, enemas, exercícios físicos extenuantes e jejuns prolongados.
Um fator que dispara e mantêm esses episódios de voracidade são os períodos dejejum prolongados ou dieta muito restritiva, gerando uma perda de controle, que acontece geralmente sem que nenhum familiar perceba o que está acontecendo.
Bandeiras para identificação da Bulimia Nervosa
- Humor depressivo;
- Preocupação excessiva com o peso e corpo;
- Comer em excesso quando se sente angustiado;
- Dieta restritiva seguida de episódios de compulsão;
- Ter compulsões com alimentos calóricos e com doces;
- Sentir expressar culpa ou vergonha por sua compulsão;
- Utilização de laxantes e vômitos para controle do peso;
- Após as refeições, usar o banheiro para seus vômitos secretos;
- Manter em segredo esses vômitos e as compulsões;
- Planejar as compulsões e as oportunidades para a realização;
- Sensação de perda de controle e desaparecimento após a refeição.
Transtorno da Compulsão Alimentar Periódica (TCAP)
Também chamada de Binge Eating Disorder, segundo o DSM IV (Manual Diagnóstico e Estatístico da Associação Americana de Psiquiatria), se caracteriza por uma verdadeira farra alimentar, onde não existe um controle do que se ingere, onde na seqüência existe a presença de sentimentos de culpa e auto-reprovação muito acentuadas.
Uma síndrome caracterizada por episódios recorrentes de compulsão alimentar, sem que ocorra nenhum comportamento de compensação para evitar o ganho de peso
Para caracterizar a compulsão, esses episódios deverão ocorrer pelo menos duas vezes na semana por seis meses.
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