quarta-feira, 26 de dezembro de 2007
Questões Fundamentais para Combater o Problema da caspa
Caspa, eu! Sim. Ela é um problema que a grande maioria das pessoas possuem e alguns até negam. Atualmente pode parecer uma vergonha em ter caspas, mas este foi um recurso que o ex-presidente Jânio Quadros usou há mais de 40 anos atrás como instrumento de marketing para se aproximar da classe trabalhadora naquela época.
Passado todo estes anos, hoje quando ouvimos falar em caspa pensamos logo naquela descamação e oleosidade excessiva que aparece no couro cabeludo, formando crostas de aspectos e cheiro desagradável e que coça.
Essas escamas podem ser secas e aderidas ao couro cabeludo. Para que se tenha caspa é preciso que se tenha tendência, ou seja, certa predisposição.
A caspa não é contagiosa, ocorre em ambos os sexos, tem períodos de melhoras e pioras, sendo que 50% dos brasileiros têm caspa pelo menos uma vez ao ano. Sua causa não está decisivamente estabelecida, podendo ser agravada pelo frio, transpiração, baixa freqüência de lavagem dos cabelos, estados de tensão nervosa que propiciam o aumento de microorganismos como bactérias e fungos no couro cabeludo, como o fungo Ptyrosporum ovale.
Uma manifestação bastante precoce de caspa é a crosta láctea do recém-nascido, que são aquelas escamas, formando crostas bastante aderentes que se observa em alguns bebês. Muitas pessoas com caspa evitam lavar a cabeça, com medo de que os cabelos caiam, ficando assim com os cabelos empastados, o que agrava ainda mais o quadro, quando não tratada a tempo, a caspa pode levar à calvície, tanto em homens como em mulheres, portanto não só a hereditariedade influi no surgimento da calvície como se pensava, sendo a caspa uma delas.
Como a caspa não tem cura definitiva, segundo estudiosos do assunto, pode-se dizer que a propriedade mais desejável de um xampu anticaspa é a sua remoção e a supressão da recorrência da mesma, até a próxima utilização do produto.
Alerta
Os especialistas advertem para não se deixar levar por propagandas enganosas, pois existe uma quantidade muito grande de xampus que prometem verdadeiros milagres contra a caspa, sendo que alguns, por conterem muitas substâncias químicas, podem até lesar os cabelos, se usados por muito tempo.
Procure só usar um xampu receitado por um médico dermatologista, pois este profissional saberá qual o produto mais indicado, se este for o seu problema.
Substâncias como o sulfato de selênio, zinco piridine, corticóides, ketoconazol, e o octopirox; usados sob a forma de xampus, condicionadores ou tônicos capilares, tem sido usados com bons resultados no controle da caspa.
O tratamento médico adequado e seguido corretamente pelo paciente controla ou mesmo acaba com a caspa; mas não para o resto da vida, pois em determinadas situações, ela pode voltar. Isso não quer dizer que não devemos tratá-la com o acompanhamento de um dermatologista. A falta do tratamento só vai contribuir para agravá-la.
No inverno a pele se torna mais oleosa, devido a maior atividade das glândulas sebáceas, por isso nesse período ela pode voltar nas pessoas que já têm propensão.
Um péssimo hábito das pessoas que tem caspas é achar que o mesmo medicamento ou produto usado por um amigo pode ter o mesmo efeito para ele. Cada caso é um caso, por isso ninguém melhor que um médico para determinar o que fazer e qual o melhor remédio. Além disso, é preciso tomar muito cuidado com as famosas receitas caseiras. Determinados recursos podem somente provocar irritações e não solução para o problema.
Orientação e Informação
Um das questões básicas de quem tem caspa é reforçar ainda mais a higiene e cuidados. Como a higienização é fundamental, as pessoas devem lavar periodicamente os cabelos.
A lavagem contribui sobremaneira para remoção de agentes poluidores como poeiras, resíduos industriais, além disso, elimina a oleosidade excessiva. Um mito que precisa ser desfeito é que lavar a cabeça todo dia causa a queda de fios. Uma inverdade, pois a lavagem dos cabelos pode apenas eliminar os que iam cair de qualquer forma.
Outro reforço importante para os portadores da caspa é tentar centrar a alimentação em uma dieta mais saudável. Portanto adquirir hábitos alimentares saudáveis, não melhora somente o problema da caspa, mas também ajuda em uma série de outros problemas que estão relacionados com a dieta alimentar, por exemplo, o excesso de peso, colesterol alto, entre outros.
Assim, incluir frutas, legumes, alimentos protéicos e evitar o uso de gorduras animais e açucares em excesso, ajuda o corpo a se tornar mais saudável e contribuem para a melhoria do problema. Uma alimentação equilibrada é uma grande aliada, pois a caspa também tem relação com desnutrição e distúrbios digestivos.
Com relação as bebidas alcoólicas, vários estudiosos sobre o assunto alertam que o álcool inibe a atividade de algumas vitaminas do complexo B, que agem no folículo piloso, ou seja, na raiz dos cabelos, causando desequilíbrio das glândulas sebáceas. É nessa região que passam a funcionar mais gerando a hipersecreção sebácea, que se deposita na superfície do couro cabeludo, formando a caspa.
Outro grande vilão é o stress. Se não for possível evitar pelo ao menos tente combater as situações de stress crônico ou seja, o excesso de tensão procurando relaxar.
A tensão nervosa age de forma extremamente negativa, o que pode levar ao aparecimento de distúrbios gastrintestinais, cardiovasculares, psíquicos, além de provocar uma baixa das defesas do sistema imunológico, como também provocar uma série de problemas dermatológicos, entre eles, a caspa.
Se você quiser ficar livre deste incômodo, a melhor receita é procurar orientação de um médico. Discutir o problema, se orientar e cuidar, só vai contribuir para a melhoria do problema.
Para ativar a circulação no couro cabeludo a massagem capilar é uma opção. Fazer uma automassagem com as mãos pressionando o couro cabeludo com a ponta dos dedos, é importante. Não custa nada gastar uns cinco minutos todos os dias para desenvolver este hábito. A ativação da circulação no couro cabeludo pode ajudar bastante, além de funcionar como uma técnica de relaxamento.
Como saúde e automedicação não combinam, buscar a orientação de um especialista - no caso um dermatologista é sempre o melhor caminho.
Reportagem tirada do site boasaude.uol.com.br
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